Espaço dedicado à análise, reflexão e crítica dos enlaces, desarranjos e autofagias do homem (i)material e o desencanto do mundo contemporâneo.
sábado, 9 de abril de 2011
Fractais
Caminhando em solitude na chuva,
Pensamento veleja sem cessar,
Das coisas importantes não sei o que dizer,
Do nosso mundo que não passou de uma ficção.
Entre tantas histórias já ouvidas,
O desejo era o que havia construído um dueto singular,
De tantos carinhos e promessas de alegrias,
Um ilusório castelo com alicerces de argila.
Sonhos que eram sonhos,
Hoje a realidade bate à porta,
Dos lábios ficaram um grande vazio,
O belo cristal que se tornou fragil fractal.
Sonhos banhados a dois,
Foram sonhos de um só coraçao,
Céu que era todo anil,
Agora não passa de um tolo cristal.
Ao meu modo tentei resgatar a essência,
Mas a sua indiferença nos deslocou para a solidão,
Nossos desejos se transaforam em metáforas partidas,
Nada restou a não ser a cara de lamento.
Sai da minha fortaleza,
Envaideci o seu ego,
Na esperança de que nada cobrar em troca,
Apenas um pouco mais de atenção.
Sonhos banhados a dois,
Foram sonhos de um só coraçao,
Céu que era todo anil,
Agora não passa de um tolo cristal.
Sei que realidade não escolhe as suas vítimas,
Amargando derrotas e fragilidades,
Sangrar pelo sangue alheio não é fácil,
Triste maior é quando o cristal beija o chão.
Não deveria amar mais além do que fosse necessário,
Mas quem cogita controlar a paixão?
Do amor agora terei mais zelo,
Juntar os pedaços e me refazer por inteiro.
Sonhos banhados a dois,
Foram sonhos de um só coraçao,
Céu que era todo anil,
Agora não passa de um tolo cristal.
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