Espaço dedicado à análise, reflexão e crítica dos enlaces, desarranjos e autofagias do homem (i)material e o desencanto do mundo contemporâneo.
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Pequenez
Para não buscar o todo,
se contenta com frações.
Para não construir um castelo,
se contenta com alguns tijolos.
Para não mergulhar no mar,
se contenta com um copo cheio d´água.
Para não seguir o destino,
se contenta com os falsos atalhos.
Para não curar a dor,
se contenta em trocar a cama.
Para não abrir os braços,
se contenta com as mãos nos bolsos.
Quando a totalidade é substituída pelo fragmento,
A vida se reduz a um mero instante desbotado no porta-retrato.
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2 comentários:
Simples, objetivo, real e leve.
Adorei este!
Que sejamos inteiros para sermos grandes!
Qual o limite da "autotomia", depois de tantos pedaços deixados pelo caminho?
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