segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Adágios (Para Refletir e Viver um Novo Tempo)



Quem negocia objetos acredita que tudo é negociável, inclusive a Vida.

Quem faz escolhas deve saber que também é responsável por elas.

Quem se deixa ser usado pelo outro é tão cúmplice quando seu corruptor.

Quem se deixa ser usado também desejará usar o outro quando for possível e conveniente.

Quem compra uma pessoa acredita que pode comprar qualquer coisa até o dia que encontrará alguém que seja inegociável: daí seu corruptor desejará destruí-la.

Quem dorme com ratos acordará esmagado dentro de uma ratoeira.

Quem vive para comer alfafa somente aprenderá a distribuir coices. 

Quem coleciona objetos sempre desejará colecionar pessoas: para ele não existirá nenhuma distinção.

Quem mostra muito os dentes desejará deixar o lastro da mordida.

Quem brinca com fogo é incendiário.

Quem sempre viveu na mixórdia sentimental não compreende o valor e a grandeza da palavra “Amor”.

Quem silencia é conivente com a opressão.

Quem se deixa oprimir também é cúmplice do opressor ou é masoquista.

Quem torra o saco dos demais pedindo para liberar drogas herbáceas não sabe os verdadeiros efeitos alucinógenos da Paixão.

Quem cedo madruga acaba por ficar cochilando à tarde.

Quem balbucia o verbo “amar” esquece de compreender um segundo verbo: o “doar”.

A adolescência é um estágio que para muitos pode durar convenientemente até uns setenta anos.

Todos são iguais até o momento que um se levanta e mostra que o seu umbigo é maior que os demais.

Todo ser humano tem um preço, exceto aqueles que acham que sua vida vale bem além do que um punhado de bugigangas.

Todos querem conforto sem abrir mão da liberdade: o mundo é feito por ilusionistas para lograr ingênuos de plantão.

A mentira é uma verdade alternativa para acomodar a todos aqueles que adormeceram para a existência.

Diploma não transfere conhecimento, apenas acrescenta um quadro ilustrativo na parede.

A sexualidade é uma das mais duras matérias. Todos tagarelam sobre ela, mas poucos ousam a estudar suas lições.

Lei Lolita-Nabokov: Homens mais velhos adoram o fetiche das mulheres mais novas. Assim poderão sempre repetir os mesmos estragos que fizeram com as mulheres das suas idades contemporâneas.

Não existe uma inocência pura, mas uma apatia cúmplice.

É mais cômodo abraçar o precipício da mentira do que se defrontar com a luminescência da verdade.

A maldade é circunstancial e somente a bondade é perene.

A democracia juvenil é quando a estupidez da maioria imprime sua tirania contra a maturidade de uma minoria.

É mais cômodo cortar os pulsos do que desvencilhar dos laços.

O interesse das mulheres pelos canalhas é diretamente proporcional à viscosidade de suas mentiras.

Entre a barbárie e o Amor saiba muito bem em que lado você estará, pois a partir da sua essência interior que irá decidir na escolha.

Manejar uma arma é fácil, difícil é manejar a Arte do Amor.

O primeiro a mentir será o último a continuar mentindo.

Acima de tudo, os Maus são a maioria, mas a grandeza dos Bons prevalecerá pela intensidade, lealdade e a solidariedade dos seus ideais.

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