segunda-feira, 21 de maio de 2012

Chuva Negra




Quando o Demônio carrega-lhe com aquelas garras fétidas para longe de mim,
Uma chuva negra inunda todo o meu corpo,
Não sei se seus delicados dedos dizem adeus ou pedem ajuda,
Estou preso na escuridão e você se encontra vigiada pelos abutres,
O tempo castiga minha carne com a chibata da angústia,
Vejo a mentira perverter toda forma de realidade,
O banquete de serpentes envenenou-nos e conduziu-nos ao isolamento,
Estou encarcerado no calabouço do esquecimento,
Ao longe, ouço risos de hienas festejando minha dor,
A minha raiva consegue secar minhas lagrimas,
A saudade é a única coisa que me acompanha,
Agora, bebem do meu sangue,
Mas jamais terão a minha alma.

Um comentário:

Marcia Cristina Garcia disse...

Palavras duras, fortes, tristes. Expressão de muita intensidade.
Poeta intenso nas traduções dos sentimentos.
Márcia Garcia