Datas! O que são datas?
Marcos referenciais inúteis,
Ou lembranças destemperadamente fúteis?
Não! Não podem ser marcadores de páginas,
Não podem ser tinta ao livro de visitas,
Não se diminuem em registros hieroglíficos...
O que dizer então do Natal?
A panacéia da caixa-registradora tilintante?
Falso escambo entre pessoas?
Feridas em metástase?
O Natal é tudo o que pensar,
E é muito mais do que o imaginário materializar...
Volúpia ou louvor,
Veleidades ou necessidades,
E há quem desacredite em tudo isto!
Então, qual é o sentido de uma data assim?
O Natal não é uma simples data
É um estado transubstancial,
Que aufere ao crente a bênção do Senhor,
E respinga no descrente o respeito do símbolo.
Não há como ficar indiferente,
Se o Natal fosse apenas uma simples data,
Então, precisaríamos criá-la!
Não pelo seu fetiche que lhe é intrínseco,
Mas para vingar uma semente de humanidade
No leito de pedra que enverniza o coração humano...
O Natal não é apenas uma data,
Uma data pode significar um Natal!
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