terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Dialética (Uma canção sentimental)


Você pode me fazer chorar,
Você pode me fazer sofrer,
Você talvez dirá que nunca me amou,
Mas o meu amor por você,
Nunca entenderá, nunca saberá o por quê,
Porque nem mesmo sei ao certo
O que causa esse amor,
O amor por você!

Toda paixão digna de nome,
Reside no fato de coexistir uma grande sinceridade!...
Sinceras são minhas palavras
(Por que não acredita nelas?),
Sinceras são minhas canções
(Por que não alveja o seu coração?),
Sinceros são os meus sentimentos
(Por que não crê no meu amor?)...

Não há razão!
Não há razão para o amor,
Não há razão para penar,
Não há razão para encontrar
Alguém para ter como par,...
(Há razão na paixão?...)

Será um imenso favor
(Já dizia uma antiga canção),
Gostar de alguém?
Será que a razão
Ressoa mais alto que uma paixão?
Talvez a razão possui algum sentimento,
Encrostado no peito,
Em segredo,
Um eclipse oculto pela própria natureza,
Qual a razão para o amor?

Querer um beijo,
Um desejo que não tem cura?
Se a razão nos encurta as emoções,
Destoa nossas cândidas ações,
É preferível,
Logo então,
Viver com a razão
A nunca ter uma paixão?

Como um invisível escudo sentimental,
Quem pretender blindar-se na lógica da fleumática razão,
Jamais conhecerá o que é o amor!
Razão e paixão,
Uma dialética que malogra o coração,
Desfigura as ações,
Cala o silêncio,
Escurece a solidão...

Amor e humor,
Rimando com claustrofobia, dor e ardor,
Será que algum dia,
De tanto caminhar errático sem orientação das setas,
A encruzilhada conhecerá o fim?

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