Cidade de beleza singela,
Contraste entre nobreza e decadência,
Um ritmo interiorano,
De uma metrópole erguida nos Pampas.
Dos aromas do Mercado Público,
O tráfego intenso de mercadorias,
A erva-mate à disposição,
Vai-e-vem de chimarrão como tradição.
A Copacabana dos pães,
Ala minuta no cardápio,
Um jeito esguio de conversar,
Meio acanhado e meio atravessado,
Querendo sempre desamarrar.
Entre o Olímpico e o Beira-Rio,
Duas paixões em tons de três cores e o vermelho,
O centro já envelhecido,
A beleza de alcova esquecida da Farrapos,
Entre a Salgado Filho
E a Andradas,
Um corredor de gente,
Uma feira imersa na informalidade,
Entre barracas, gritos e sorrisos,
Toda cidade batizada,
Nas águas do Guaíba,
O Porto mais alegre do país.
(Porto Alegre, 16 de fevereiro de 2008.)
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