Espaço dedicado à análise, reflexão e crítica dos enlaces, desarranjos e autofagias do homem (i)material e o desencanto do mundo contemporâneo.
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
Vísceras Sentimentais
Sobre o que vejo, talvez recordo,
Saber sobre a vida, receio a morte.
Dizem que há apenas flores abordo
Sob o vácuo, a lágrima é mais forte.
Mãos vazias falam de minha ânsia,
Sonho sacro de utopia idílica.
Sortilégios confortam a distância?
Amor sem flor, uma desrazão poética?
Deságua na alma uma fonte incerta
Que macula o campo da descoberta,
Um Amor tolhido em profusão?
Pares de olhos trafegam pulsares,
Fluído liquefazendo em dores,
Amor sobre vísceras sentimentais.
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