Quando a distância,
Torna-se um imperativo,
A saudade tem sempre algo a dizer,
Sonhos e desejos guarnecidos no peito.
O caminho é longo e tedioso,
Uma estrada que parece não ter fim,
Pardinho, Lençóis Paulista, Bauru, Garça...
Enfim,
Ruas largas de povo quase exíguo,
Há situações onde deixamos à vontade e a coragem velejarem,
Não hesitar com a solidão dos livros,
Não ranger os dentes no calor de outrora.
A vontade presente,
Mesmo na trilha adversa,
Caminhar quando ceder é sempre mais fácil,
Acreditar mesmo não sendo algo palatável.
Sinalizando a escrita,
Palavras saltadas como cata-vento,
Nos trilhos desertos de Marília,
Trafegam nas vias de um inquieto tédio.
Diante da mesa já decomposta,
Um noticiário qualquer na televisão local,
A noite cai silenciosa e lenta,
Na morna cidade do interior.
Terminal decadente com cara de Dom Pedro paulistano,
O camelódromo é igual de qualquer lugar,
Avenidas com trânsito rápido e fácil,
Marília, uma cidade fluída.
E na rodoviária de vazio sonolento,
Arquitetada de um gosto duvidoso,
Cidade grande sem destaque,
Marília de curta saudade.
Na estrada sem fim,
Um frio se mesclando com a escuridão,
Pensamentos na velocidade dos pneus no asfalto,
Marília, já ficou para trás.
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