sábado, 20 de outubro de 2007

A ilha

Será que nunca chorou
No escuro silencio do seu quarto?
Será que nunca sufocou
A lágrima que ansiava pairar sobre a face?
Será que nunca sentiu o coração apertar
E lembrar que ninguém ousou penetrar na sua alma?
Ou será, acreditar
Que o País de Alice,
Fica a partir da porta do seu quarto?

Na solidão que tenta fingir,
Fugir para não pensar,
Pensar e buscar se enganar...
Seus demônios engrandecem a sua alma?
O inverno lhe aquece?
No verão sente frio?
O brotar das flores,
Envaidecem a sua primavera?
E o cinza das ruínas de outono,
Ofertam a sua felicidade?
Se Você acreditar estar bem: Parabéns!
Talvez se sinta melhor,
Logrando a sua tristeza!
Talvez acredite nesta felicidade,
Coagulada em seu peito,
Congelada com suas fobias,...
Petrificada em sua mente!
As glaciações não lhe trazem pavor?

Se sente a falta da razão,
Tanto quanto sinto a ausência de sua iluminação,
Então, não espere, não demore!...
Estarei aqui!
Se buscar refúgio,
Abrigo encontrará!
Se buscar um muro,
Uma muralha (tijolo a tijolo) erguerá!
Se buscar esquecer da dor
Despoja-se de suas amarras,
E dividiremos seu tormento,
Minimizando seu sofrer...

Ninguém é uma ilha,
Mesmo uma ilha sempre terá a companhia
Na noite em trevas, a Lua...
No escaldante luz, o Sol...
Na morna penumbra, as Nuvens...
Cada um cortejando-a de finita distância,
A infinita margem que os separam!...

Estarei sempre aqui!
Enquanto não chegar,
Esperarei até o fim da minha vida...
Talvez um pouco mais,
Mas, esperarei...
Até Você chegar!...

Nenhum comentário: