Espaço dedicado à análise, reflexão e crítica dos enlaces, desarranjos e autofagias do homem (i)material e o desencanto do mundo contemporâneo.
quarta-feira, 25 de julho de 2007
O abismo
I. “Não combata os monstros, temendo torna-se um deles. Se você olhar dentro do abismo, o abismo olhará dentro de você.” (Friedrich W. Nietzsche)
II. “Pelo que podemos perceber, o único propósito da existência humana é acender uma luz nas trevas da mera sobrevivência.” (C. G. Jung)
Tudo é escuro,
Tudo é escuridão!
No coração do abismo
Uma luz não passa de utopia.
Há umidade em meus olhos,
Mãos espalmadas em sangue
E pensamentos vagando em mordaz desalento...
Procuro a claridade fosca!
Esqueço os dias,
O abismo é atemporal...
E acreditar na eternidade
Pode até soar como natural,
Há quem anseia respostas no abismo:
Tolices canônicas!
Respostas? Esqueça-as!
As respostas são perguntas sem morada ,
Irrigadas de pura insensatez!
Quais dúvidas estarão guardadas,
A quem no abismo se entregar?
A descrença é a tática favorável,
Em busca de razão imersa em desilusão.
Se há fim no final do abismo
É quase tão certo quanto,
O Sol sobreviver no cair da penumbra noturna
E a Lua ressurgir pela manhã!
Não busque no fim um resposta final...
No abismo não há respostas,
No abismo somente sobrevive a desesperança!...
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